quarta-feira, agosto 23, 2006

#12 Indianos Babacas

Lendo as histórias dos pervertidos italianos no post abaixo, acabei me inspirando a escrever sobre um indiano babaca que conheci lá na Inglaterra. A história foi a seguinte:

Muita gente não sabe, mas a metade da população de Londres é formada por indianos, ou descendentes deles. Toda e qualquer vendinha de esquina que você encontrar nessa cidade é de algum indiano perdido, pode acreditar. Então, disposta a juntar dinheiro para comprar meu ingresso para o show do U2, passei numa dessas agências de trabalho escravo de imigrantes e arrumei um empreguinho em um restaurante em apenas 15 minutos lá dentro (nem fila tinha). Ah, e isso tudo acompanhada por uma mulher brasileira que tinha chegado ao país há apenas 4 horas.

Enfim, fomos fazer a tal da entrevista com o dono do restaurante, um indiano enorme e sério, o cara era de dar medo. Ele quase não falava com o pessoal temporário que nem eu – éramos umas 15 meninas – e estava sempre fumando um cigarro. Enfim, uma figura bizarra. Depois que fui me tocar que todas as outras meninas eram brasileiras, menos a Hannah, inglesa gente boa e a Maria, mexicana!

Então, trabalhava distribuindo panfletos na rua, em frente das estações de metrô onde o fluxo de pessoas é bem maior – inclusive as minhas estações eram Liverpool Street, Aldgate e Moorgate, onde as bombas explodiram no atentados de 2005, mas isso já é outra história. Todos os dias um dos indianos nos acompanhava até nossos postos, e esse percurso era interminável!!! Sempre tinha um que dava em cima da gente na maior cara de pau só porque ele era parente do chefe assustador. O papo era mais ou menos assim:
- Ei, Camila, você sabe sambar?
- Não.
- Como não?!
- Não sei ué! É difícil!
- Poxa, e eu aqui louco por umas aulas á noite depois do trabalho (pisca o olho e coloca a língua pra fora).
- .....!
E por aí vai. Bom era foda! O pior de todos era o filho mais velho do chefe. Ele andava praticamente correndo pelas ruas e nós tínhamos que alcançá-lo. Mas daí, como era de se esperar, vinha a cantada:
- Camila, corre! Até parece que não tem pernas, e olha que eu sei que tem!! (olho nas coxas)
- ... (sem ar para responder)
- Mas então, quer andar de mãos dadas pra eu te puxar e te levar bem rápido??? (agarrando minha mão FORTE).
- Não, obrigada. Pode soltar minha mão, por favor?
- Ah, quer que te carregue então? (o cara quase me agarrou no meio da rua tentando botar as mãos nas minhas pernas e bunda, de um jeito que era totalmente impossível de carregar uma mulher no colo).
- Não, obrigada! Pode deixar que eu sei o caminho daqui pra frente. Até depois. (saí correndo).
Esse tipo de episódio nunca mais se repetiu depois que eu dei esse gelinho no filho do chefe.

Até o dia que o chefe mesmo resolveu tentar alguma coisa comigo. Eu estava quietinha fazendo o que tinha que fazer (panfletando) e do nada, uma pessoa me aborda pelo lado esquerdo e da um tapa na minha bunda – mas não entenda como “um tapinha não dói”, o cara bateu, pegou e agarrou!
Velho, eu fiquei tão chocada quando vi que era ele que, quando ele viu a minha reação (acho que meu olhos deve ter até ficado vermelhos de raiva), o seguinte dialogo seguiu:
- Então, você está trabalhando direitinho?
- ... (ainda estava resolvendo se partiria pra cima dele ou se faria um escândalo ali na frente da Liverpool Street Station)
- Acho que você não está trabalhando direito, quer que te ensine a fazer (esticou os braços para pegar os panfletos da minha mão, foi nessa hora que eu pirei).
- Olha aqui seu maldito, acho bom você recolher seus dedos rapidinho e nunca mais tocar em mim! Entendeu, nunca mais toque em mim na sua vida! Você ta achando que sou o que? Você é muito babaca e toda a sua família também! Você acha que pode simplesmente chegar e passar a mão em mim? Ta achando que eu vou gostar se um merda que nem você abusar de mim assim no meio da rua?! Ta achando que eu sou o que seu idiota e bláblábláblá!!!!!!
Continuei a falar mesmo ele fazendo de tudo pra calar minha boca. As pessoas em volta estavam olhando e os meus amigos da estação ficaram tão preocupados que foram lá me segurar pra eu não partir pra cima dele! Véi, eu tava com tanta raiva que ia andando pra cima dele e ele ia dando uns passos para trás, dizendo que estava arrependido e que era pra eu ter calma.

Bom, depois disso ele voltou direto para o restaurante, eu joguei todos os panfletos fora e voltei lá pra pegar meu pagamento. Ele me deu 100 libras a mais pelo que trabalhei naquele dia. O foda na Inglaterra é que se eu chegar e acusar uma pessoa sem prova nenhuma de abuso sexual, a probabilidade de eu me dar bem é enorme. Ele tentou comprar meu silêncio. Saí de lá chorando, mas não porque me sentia a coitadinha. Saí de lá chorando porque me arrependi de não ter abaixado o nível geral e ter metido a mão na cara dele, deixando uma marca bem feia para a patroa ver.

É incrível como esses taradinhos soltos pela rua se tornam tão pequenos quando você os enfrenta. O cara era todo cheio de si, mas depois parecia um moleque perdido no bosque chamando pela mãe. Aquele bosta merecia uns tapas!

3 comentários:

Gothicangel disse...

E assim mesmo, amiga. Eles contam com com o nosso medo para aprontar na gente e qndo vc e estrangeira, ai eles pensam q todas somos ilegais. E depois a gente fica fumando e pensando em varias maneiras em bater neles, hahahaha
Aqui tm os idianos sao abusados e vejo q ai eles superam os italianos.
Bjs

Sassyzinha disse...

velho, imagina a notícia:
Intercambista brasileira espanca indiano no metrô!!!
uahauhuahhauhauahuahau
Isso ia ser caso de direitos humanos!!!
auhauhauhauahuah
Brincadeiras a parte, esse negócio de assédio é coisa séria demais!
Além de ter o fisíco comprometido muitas vezes, tem o psicológico tb..
é muito foda!
Ps: ainda acho q vc tinha q ter enfiado a mão na cara dele..ou melhor dele e da família toda!!
e tenho dito!

Sassyzinha disse...

A blonde named Vikki decides she wants to try horseback
riding one day. So Vikki mounts the horse, taps its butt,
and the horse starts to take off at a reasonable speed. She
is having fun, and decides she wants to go a little faster,
so she kicks the horses butt, and the horse goes just a
little faster. All of a sudden Vikki begins to lose her
grip on the reigns of the horse and she begins to fall off,
she starts screaming but the horse seemingly unoticing its
rider continues... Now Vikki is grabbing on the the horses
mane when she beigns to feel tired and her grip starts to
fail. The blond lets go of the horses mane, only to get her
foot caught in the saddle. So now she is riding along, the
horse unnoticing and Vikki's head is beating against the
ground over, and over, and over. She almost loses
conscience when the Wal-Mart manager runs out and turns off
the horse.